A Ideal Consulting nasceu com o objetivo de transformar dados gerais de importação de vinho em informações importantes para a tomada de decisão das empresas que atuam neste mercado. Ao longo da nossa história, fomos aumentando as nossas fontes de dados – um exemplo é que também coletamos os dados das vinícolas brasileiras e de outras bebidas alcoólicas – e, assim, aprimoramos a quantidade e, principalmente, a qualidade das informações enviadas a nossos clientes.
Com o crescimento do mercado principalmente após o início da quarentena, sentimos a necessidade de dividir os vinhos por categorias de consumidores e criamos a Pirâmide de Consumo, que apresentamos agora.
Há importadoras que focam em um público mais qualitativo, outras no intermediário e as que atuam com a entrada de gama. Focar nestas três categorias e no estilo de vinho de cada uma é uma forma de possibilitar novas análises para este nosso mercado. E, assim, permitir também que nossos clientes ajustem as suas importações e vendas conhecendo melhor para qual categoria de consumidor devem mirar a sua estratégia. São, pelos estilos e preços de seus vinhos, categorias distintas, que pedem uma estratégia de comunicação e de marketing diferentes.
Definimos a categoria qualitativo (qualitative consumer) como aquela que consome vinhos com preço no varejo de a partir de R$ 120. Aqui estão incluídos os vinhos importados, que representam 70% da categoria; os finos brasileiros (com 19% da categoria); os vinhos licorosos importados (com 5%); os espumantes importados (com 4%); os champanhes (com 2%). Nos vinhos importados, 90% são secos e 10% são classificados como meio-secos.
A segunda categoria (not qualitative consumer) inclui as bebidas com preços de até R$ 120. São elas os vinhos importados, que representam 75% da categoria; os vinhos finos brasileiros (com 20%); os espumantes brasileiros (com 4%) e os espumantes importados (com 2%). Nos vinhos importados, a divisão é de 60% entre os secos e 40% entre os meio-secos.
Na categoria de entrada de gama (entry level) estão os vinhos de mesa, que representam 95% da categoria; seguido pelos vinhos suaves/doces importados (com 3%); pelos espumantes moscatéis brasileiros (com 2%); pelo espumante doce importado (com 0,2%).
Com as categorias definidas, fomos aos dados. No ano de 2021, a categoria entry level representou 62,6% do total; enquanto a not qualitative consumer ficou com 35,6% e a qualitative consumer, com 1,8%. Na comparação com o período de janeiro a maio deste ano, a divisão entre as categorias foi de 53,5% para a entry level; de 43,5% para a not qualitative consumer; e de 3% para a qualitative level.
A comparação entre os dois períodos não significa um aumento do topo e uma queda dos vinhos de entrada de gama. Todo o setor cresceu, como mostramos com os dados de importação e de comercialização das vinícolas nacionais. Mas teve um crescimento significativo também dos vinhos mais premiuns, como mostra este novo recorte do mercado do vinho no Brasil.