Atenta às mudanças na distribuição de vinhos durante a pandemia, a Ideal Consulting agora analisa também como é a distribuição das garrafas de brancos e tintos pelos estados brasileiros. Nossa proposta é ampliar as informações para que nossos clientes possam tomar as melhores decisões em seus negócios.
Para traçar um mapa de como o vinho é distribuído pelos estados, a Ideal se baseou nas informações sobre qual é o destino da venda das vinícolas brasileiras e também nos dados das principais importadoras, usando como referência o volume importado nos últimos 12 meses, de julho de 2020 a junho de 2021.
Os resultados, que pretendemos disponibilizar todos os meses, confirmam a importância da região Sudeste para o mundo do vinho. Na soma dos vinhos e espumantes brasileiros, seja os elaborados com as variedades viníferas (aqui chamado de vinho fino), seja os de mesa, com os importados, o Sudeste responde por 52,9% do total de garrafas distribuídas pelo Brasil nos últimos 12 meses.
O Sul ocupa a segunda posição, com 26% deste total. Em terceiro lugar, está o Nordeste, com 10,8%, seguido pelo Centro-Oeste, com 7,8% e pelo Norte, com 2,5%. Ou seja, a pesquisa confirma como a distribuição de vinhos se concentra nas regiões mais ao sul do Brasil. Juntos, Sul e Sudeste recebem quase 80% das garrafas de vinho.
Quando somada todas as categorias de vinho, São Paulo é responsável por receber 32,8% de todas as garrafas de brancos e tintos. Mas quando se trata apenas dos vinhos finos brasileiros e dos importados, teoricamente, os vinhos de maior qualidade e preço, a participação deste estado é ainda maior, com 33,4% do total. O Rio Grande do Sul ocupa a vice-liderança, com 15,6% de todos os vinhos, porcentagem que sobe para 17% quando são computados apenas os vinhos brasileiros finos e os importados. Em terceiro lugar, segue o Rio de Janeiro, com 10,4% dos vinhos e com 9,6% dos vinhos importados e dos vinhos finos brasileiros.
O pungente estado de São Paulo só perde a liderança quando analisamos o consumo per capita. Aqui, a liderança é gaúcha, com 7 litros por habitante por ano. O Distrito Federal, com 4,6 litros por habitante por ano; e Santa Catarina, com 4,2 litros por habitante/ano, ocupam, respectivamente a segunda e a terceira colocação. São Paulo, com a sua população de quase 50 milhões de habitantes, segundo o IBGE, tem um consumo per capita de 3,6 litros por habitante por ano.
São Paulo volta à liderança quando o tema são os populares vinhos de mesa. O estado recebe 29% do total de vinhos brasileiros elaborados com variedades não viníferas. Em segundo lugar está o Rio Grande do Sul, com 16,5% deste total, e o Rio de Janeiro, com 11,6%.
A divisão por estados também nos permite indicar algumas distorções na distribuição de vinhos. Quem acompanha o setor, sabe que o governo mineiro, além de manter a tributação pela ST (substituição tributária), vem aumentando os impostos que incidem no vinho. O resultado é que estados que fazem fronteira com Minas parecem receber uma quantidade maior de garrafas do que se poderia supor. Um exemplo é que Goiás tem um consumo per capita de 2,6 litros por habitante por ano, enquanto Minas fica com 1,6 litro por habitante/ano.
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